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Georgette Vidor, primeira pessoa com deficiência a assumir secretaria, traz esperança para o segmento
28/06/2011

Coordenadora da Seleção Brasileira Feminina de Ginástica Artística e ex-deputada estadual, Georgette Vidor, vivenciou, há poucos dias, uma experiência que mostra o tamanho do desafio que terá pela frente como a nova secretária municipal da Pessoa com Deficiência do Rio de Janeiro.

Cadeirante desde 1997, quando o ônibus em que viajava com sua equipe de ginástica sofreu um acidente que a deixou paraplégica, Georgette despachava pela primeira vez como secretária com o prefeito Eduardo Paes e, no meio da reunião, precisou ir ao banheiro. Percebeu certo desconforto entre os assessores do prefeito. Na hora, não entendeu a reação. Mas, na volta, não teve dúvida em falar com o chefe. “Prefeito, temos um problema: o banheiro para as visitas do seu gabinete não é adaptado”, afirmou, para constrangimento de Paes, que pegou o telefone e pediu que os arquitetos resolvessem o problema na sede da Prefeitura.

Acessibilidade. Essa é a palavra-chave do programa que Geogette pretende implantar na sua administração. “Quero transformar o Rio num exemplo de cidade totalmente acessível”, disse em entrevista para o Informe do IBDD. Ela sabe que tem que começar pela própria Prefeitura.  “O exemplo de casa é o mais importante”, afirma. Por isso, ela pretende estabelecer um cronograma de obras para adaptação das mais de mil escolas do município, que não são acessíveis, e são alvos de uma ação civil pública do IBDD ganha na Justiça e em fase de execução da sentença, que obriga os prédios públicos a serem adaptados.

Tratando-se de educação, a nova secretária da Pessoa com Deficiência quer ter voz ativa numa discussão que até aqui não passava pela sua pasta: a educação inclusiva. “Quero trazer para a secretaria esse debate. Vamos ouvir as pessoas com deficiência sobre a educação em escolas regulares ou em classes especiais”, promete. Georgette também vai propor, junto com a secretaria de Esportes, introduzir um programa de esportes para deficientes nas escolas. “Uma cidade que vai sediar a Paraolimpíada de 2016, deve ter uma política pública de revelação de novos talentos nos esportes competitivos”, afirma.

Inexperiente em cargos do poder executivo, Georgette confessa que nos primeiros dias na secretaria ficou desanimada com o ritmo lento da máquina administrativa. Mas prefere dar à administração, a mesma dúvida sobre o desempenho de um atleta – conhecimento que ela domina como poucos. “Amanhã é outro dia e eu quero apostar que vai dar certo”, diz Georgette.


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